Jequié e Trecchina: uma ponte cultural entre a Itália e o Brasil, passando por Sante Scaldaferri

Por Alicia Lopes Araújo

Esse duplo fio que tece memórias e horizontes

Quase velado, há um fio que une os Apeninos lucanos ao sertão baiano: Trecchina, na Basilicata, e Jequié, no Brasil. Duas terras distantes se encontram num entrelaçamento vivo de memórias e esperanças, dando origem a um tecido de migração e identidade, arte e cultura. Aqui, os fios de uma história silenciosa e laboriosa da emigração italiana e sua transformação criativa se unem, materializados na obra do ítalo-brasileiro Sante Scaldaferri (1928-2016). Entre os maiores pintores brasileiros contemporâneos, além de gravador, ator, cenógrafo e professor, ele foi uma figura central na cena cultural baiana, capaz de transformar a memória coletiva em linguagem artística. Suas obras — expostas no Brasil, na Itália e em diversos contextos internacionais — contam o vínculo indissolúvel entre raízes e horizontes, entre o Sul da Itália e o Sul Global.

Filho de emigrantes de Trecchina — uma presença lucaniana que impactou profundamente o desenvolvimento econômico e cultural da cidade de Jequié, no sul da Bahia —, Scaldaferri é hoje reconhecido como um símbolo de um diálogo frutífero entre dois povos. Embora sua família tenha se estabelecido em Jequié, ele nasceu na capital baiana, Salvador. Quando tinha um ano e meio de idade, seu pai adoeceu, e sua família decidiu retornar a Trecchina, retornando ao Brasil somente após a morte do pai. Ele guardou poucas lembranças daqueles anos, incluindo férias em Maratea e uma estadia em Nápoles. Os laços familiares e comunitários próximos, no entanto, não são um mero detalhe: a história da colônia italiana em Jequié, a maioria dos quais veio da aldeia lucaniana aninhada entre bosques e montanhas, é parte integrante de sua identidade, assim como para muitos de nossos compatriotas no Brasil. A conferência “Jequié e Trecchina: Uma Ponte Cultural entre Itália e Brasil”, que será realizada na Sala de Imprensa da Câmara dos Deputados no dia 15 de outubro, se enquadra nesse contexto.

A iniciativa — promovida pelos deputados Christian Di Sanzo e Fabio Porta, em colaboração com a Associação de Amizade Itália-Brasil — dedica-se às relações culturais entre os dois países à luz da emigração italiana para o Estado da Bahia, com especial referência à cidade homônima, fundada por pioneiros lucanos que partiram após as grandes ondas migratórias entre os séculos XIX e XX.

Domingos Ailton, historiador e vereador de Cultura e Turismo de Jequié, palestrará no encontro. Ele está na Itália para fortalecer a irmandade entre as duas cidades e apresentar a 9ª edição da Felisquié (Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié), da qual também é curador. Realizado de 21 a 23 de outubro, o festival deste ano homenageia a memória dos emigrantes italianos e seus descendentes, que contribuíram para o desenvolvimento sociocultural local, com o lançamento do Prêmio Sante Scaldaferri, instituído com o apoio da Prefeitura Municipal de Jequié. A premiação une a literatura às artes visuais e homenageia um artista capaz de “escrever” e divulgar a região com pincéis, madeira e tecelagem.

O Prêmio complementa uma programação que promete criar um mosaico ítalo-bayan que vá além da celebração e se torne política cultural. Os premiados serão três artistas de Jequié, que criarão obras em painéis inspirados em construções históricas construídas por italianos no município: a Casa Confiança (primeira cooperativa entre emigrantes), o Edifício Grillo (símbolo da modernidade e prosperidade da cidade) e a Fazenda Provisão (responsável pela introdução do primeiro gado de raça pura e pela organização das primeiras exposições agropecuárias do município).

Em Jequié, os italianos, muitas vezes vindos do Vale do Noce com sonhos de um futuro melhor, trouxeram comércio, manufatura, cinema e vida cívica para esta área, desconhecida até poucos anos antes. Mesmo assim, mantiveram o nome tupi original, dado pelos povos indígenas que constituem um dos pilares fundamentais da identidade cultural brasileira atual.

A construção da ferrovia de Jequié a Nazaré impulsionou ainda mais o crescimento. Assim nasceu o chamado “Sistema Trecchina”, como era definido em algumas universidades brasileiras: um modelo de cooperação entre conterrâneos que, no sertão baiano, construíram uma sólida rede de solidariedade, diferentemente do que acontecia em Salvador, onde os italianos viviam espalhados por todo o país. Muitos eram empreendedores e incentivaram a população local a plantar cacau, café e tabaco, que antes eram incultos, causando assim um impacto duradouro na região. Famílias como os Rotondanos, os Grillos, os Orricos e os próprios Scaldaferris estão presentes na toponímia e nas crônicas econômicas da época.

A trajetória artística de Scaldaferri narra uma Bahia em ebulição e a cultura popular do nordeste, com beatos e místicos, santos e romeiros, vaqueiros.

Reportagem sobre a conferência que Domingos Ailton fez em em Roma, que saiu no Observatório Romano, jornal do Vaticano.
Matéria do site: https://www.osservatoreromano.va/it/news/2025-09/quo-210/quel-doppio-filo-che-tesse-memorie-e-orizzonti.html

IX Felisquié lançada em Salvador

Com a presença do presidente da Academia de Letras da Bahia, Aleilton Fonseca, do assessor chefe da Fundação Pedro Calmon, Anielson Santo, representando o órgão estadual, do vereador de Salvador do Partido Verde, André Fraga e do secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Jequié, Domingos Ailton, além de professores, artistas e profissionais liberais, foi lançada na noite de terça feira, 29 de julho, a IX Edição da Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié – Felisquié na sede da Academia de Letras da Bahia em Salvador.

Ao abrir o evento, dando boas vindas aos participantes, o presidente da Academia de Letras da Bahia, Aleilton Fonseca, destacou a história da Felisquié como um das mais importantes festas literárias da Bahia, que reúne escritores e outros fazedores da Cultura da Bahia, de outras estados brasileiros e do exterior.

O secretário de Cultura e Turismo, Domingos Ailton, agradeceu a Academia de Letras da Bahia por sediar o lançamento da Felisquié e aos palestrantes do evento, convidando o público presente para ir a Jequié prestigiar a programação oficial da festa literária no período de 21 a 23 de outubro.

Mediada pelo jornalista Elieser César, a mesa literária do lançamento da Felisquié teve início com a palestra da escritora e embaixadora da paz, Maribel Barreto falou sobre os diferentes níveis de consciência e da publicação do seu livro na Itália.

A escritora e produtora literária, Simone Adivincula, reportou as ações de promoção e intercâmbio cultural entre brasileiros e italianos.

Descendente de italianos de Trecchina, estudioso da emigração italiana e guardião de um acervo sobre o tema, o pesquisador Eduardo Sarno revelou as características dos emigrantes italianos, que foram empreendedores e incentivadores da população local para o plantio de produtos agrícolas como cacau, café e fumo, que não eram cultivados em regiões como Poções e Jequié.

Para Eduardo Sarno três fatores contribuíram para adaptação dos italianos ao interior baiano: a língua neolatina, com palavras de facil tradução o idioma italiano e a língua portuguesa; o catolicismo que unia italianos e brasileiros e a cultura europeia, que também ligava os emigrantes a população local.

Ao contrário de Salvador em que os italianos viviam dispersos, no interior baiano estavam reunidos em colônia e havia uma rede de solidariedade entre eles destacou Eduardo Sarno.

O pesquisador apontou a contribuição em diversas áreas, sendo pioneiros em usina de energia, fábrica de gasosa e cinema. Criaram a organização cultural Cassemiro de Abreu e comemoraram a abolição da escravatura em Jequié.

O escritor Domingos Ailton disse que o tema da Felisquié são as relações culturais entre italianos e baianos porque não houve apenas ações econômicas, mas troca de saberes entre os imigrantes e a população local, destacando que Carlos Marotta quando chegou a Jequié ainda adolescente de 14 anos tinha conhecimento intelectual e transmitiu para os nativos como também deve ter adquirido saberes da cultura popular das matas e do sertão de Jequié.

Respondendo pergunta do público, Domingos Ailton acredita que italianos escolheram Jequié para viver porque viram o local como região geograficamente bem localizada, sendo ao mesmo tempo borda da mata e boca do sertão, contando com uma rica biodiversidade formada pela Mata Atlântica, Caatinga e Mata de Cipó e entreposto comercial, sendo pouso para boiadeiros, tropeiros e mascates.

A Felisquié é coordenada pela Comissão Organizadora e Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Jequié em parceria com o SESC, UESB, ACJ e NTE 22.

IX Edição da Felisquié será lançada na Academia de Letras da Bahia em Salvador

Na próxima terça feira, dia 29 de julho, às 18h na Academia de Letras da Bahia, no bairro de Nazaré em Salvador, será lançada a IX Edição da Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié – Felisquié na Academia de Letras da Bahia, no bairro de Nazaré em Salvador.

O evento terá uma mesa literária mediada pelo jornalista e escritor Eliéser César com os seguintes temas e palestrantes: “A herança cultural da Itália na Bahia – Eduardo Sarno; “A experiência do Sersendo, como um dos Ditames da Consciência, na Itália” -Maribel Barreto; ” A União Brasil Itália através das Artes, da Cultura e da Literatura -Simone Adivincula; “As relações culturais entre os italianos e baianos” – Domingos Ailton.

A IX Edição da Felisquié vai acontecer no período de 21 a 23 de outubro em Jequié e terá como tema principal “As relações culturais entre italianos e baianos” e celebrará a contribuição dos italianos na formação de Jequié além de homenagear a memória de artistas italianos ou de descendência italiana: o memorialista Carlos Marotta; o contista Edgar Ferraro; cronista Carlos Mensitieri; o poeta Miguel Mensitieri; o pioneiro no cinema em Jequié, Andrea Leto; a escritora Zélia Gattai; o artista plástico Sante Scaldaferri; a arquitetura Lina Bo Bardi; o cineasta Geraldo Sarno; a fundadora da Associação Itália Brasil, Clélia Zuliani. A Felisquié vai homenagear também a memória do escritor Euclides Neto no seu centenário de nascimento e os 80 anos de nascimento do cantor Raul Seixas. Já estão confirmados nomes da Itália para participar da programação oficial da Felisquié em outubro: A jornalista e escritora Antonella Rita Roscilli, a antropóloga Patrizia Giancotti, o escritor e jornalaista Carmine Marotta, a jornalista Martina Marotta e o editor Nicola Bergamaschi. Escritores e pesquisadores brasileiros também já confirmaram presença, a exemplo de Sylvio Passos (referência sobre a vida e obra de Raul Seixas), Regina Luz, Paulinho Lima, Paulinho Jequié entre outros.

Com grandes nomes da literatura e de outras linguagens artísticas, VIII Felisquié prestará homenagem à memória da escritora Maria Lúcia Martins

Entre os dias 26 e 29 de novembro, Jequié será novamente o epicentro cultural do sudeste baiano com a realização da VIII Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié, a Felisquié, coordenada pela Comissão Organizadora, em parceria com a Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Cultura e Turismo, com apoio do Governo Federal, via emenda parlamentar do deputado Waldenor Pereira Filho, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Núcleo Territorial de Educação 22 (NTE 22), Serviço Social do Comércio (SESC) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)/campus de Jequié.

A escritora Indígena, Márcia Kambeba

Este ano, a Felisquié presta uma homenagem especial à escritora jequieense Maria Lúcia Martins, membro fundador da Academia de Letras de Jequié e um dos maiores nomes da poesia brasileira, destacada até mesmo pelo poeta Ferreira Gullar. A programação acadêmica e artística da Felisquié e da Felisquiezinha, um espaço do evento destinado às crianças, acontecerão na Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, no Jequié Tênis Clube, no Museu Histórico João Carlos Borges e na Praça Rui Barbosa.  

A palestrante e estudiosa da produção literária de Makota Valdina, Tainá de Santana
 

Para participar, o público, monitores e ouvintes, deve se inscrever no link a seguir ( INSCRIÇÕES ) e quem comparecer terá direito a certificado, conforme a carga horária de participação.

De acordo com a programação, nas manhãs, entre os dias 26 e 28, acontecerá também a exibição de uma série de filmes alternativos no Cine São José, no bairro Jequiezinho, através do Projeto Cine Felisquié. Dentre os filmes, serão exibidos o premiado filme “Revoada”, que trata do cangaço, com a presença do diretor do filme Zé Umberto e dos atores Jackson Costa e Analu Tavares. O Cine Felisquié contará, também, com a presença do cineasta Robinson Roberto, com o documentário Cine Jequié.

A poeta mirim, Duda Santhana

Grandes nomes da literatura baiana e brasileira estarão participando da Felisquié, como o escritor Aleilton Fonseca, membro da Academia de Letras, e da escritora indígena Márcia Kambeba. No mês em que é celebrada o Dia da Consciência Negra, o evento contará, na sua maioria, por autores negros, a exemplo de Jovina Souza, Nelson Maca, Tainá Santana, Rebeca Tarique e Duda Santana, a poeta de 9 anos que tem feito sucesso nos encontros literários. E, ainda, a participação dos escritores Luiz Eudes, da jequieense e embaixadora da paz, Maribel Barreto, e de Paulinho Lima, que é, também, produtor musical de grandes nomes da MPB.

O escritor Aleilton Fonseca

Durante a Felisquié acontecerão também as sessões do “Fala Escritor”, com lançamentos de livros de autores locais e de escritores de outras regiões da Bahia e do Brasil, além da Feira do Livro. O evento contará com shows de artistas locais e de artistas nacionais, como as cantoras Sylvia Patricia e Jussara Silveira, que farão o show “Balada de um vagabundo – A Música de Waly Salomão”, e da cantora Liv Moraes, que prestará uma homenagem ao pai, o forrozeiro Dominguinhos, com a apresentação do show “Canto para Dominguinhos”. Constando na programação, com apresentação do espetáculo teatral “A Travessia do grão profundo”, do Núcleo Caatinga da Cia Avatar, com texto e direção de Paulo Atto, e o ator ireceense Mozar Primo.

Prefeitura de Jequié promove “Felisquié Itinerante” e prepara 7ª edição do evento que vai celebrar 80 anos de Waly Salomão

A Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié, a Felisquié, entra na sua sétima edição, contando com a realização da Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Cultura e Turismo, comissão organizadora, em parceria com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), demais órgãos e instituições. A Felisquié celebrará os 80 anos de nascimento do poeta, compositor, ator, produtor e agitador cultural, o jequieense Waly Salomão e será realizada no período de 1 a 3 de setembro em espaços culturais da cidade como o   Centro de Cultura Antônio Carlos Magalhães, o auditório Waly Salomão, na UESB/Campus de Jequié, no Museu Histórico João Carlos Borges e em locais públicos onde o poeta percorreu durante sua vida.

Segundo o curador da Felisquié e secretário de Cultura e Turismo, Domingos Ailton, para incentivar os estudantes a conhecerem a vida e a obra do autor estão sendo realizadas nas escolas do município a “Felisquié Itinerante”. Nesta terça-feira, 1 de agosto, o encontro foi no Colégio Modelo Paulo Freire. Além de conhecer um pouco mais sobre a trajetória de Waly Salomão, os alunos tiveram a oportunidade de realizar apresentações artísticas sobre a diversidade cultural do poeta jequieense.

Para a Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié já estão confirmadas as presenças do poeta, designer e cenógrafo Omar Salomão, filho do homenageado; e da   gaúcha Manoela Sawitzki,   doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (PUC-Rio), escritora, roteirista e jornalista, do escritor   Roberto Martins; e da cantora Adriana Calcanhotto que, acompanhada do músico Pedro Sá e  com mediação de Omar Salomão, fará um papo musical com canções, poesia e conversa sobre a vivência com Waly Salomão.

Nesta edição do evento, está programada a realização de um cortejo literário, que percorrerá a Avenida Alves, com a participação da cantora Sylvia Patrícia, entoando canções cujas letras são de autoria do Way Salomão, além de muitas outras atividades e mobilizações que acontecerão durante os três dias da VII edição da Felisquié.

 

VII Edição da Felisquié celebra 80 anos de nascimento do poeta Waly Salomão

A Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié – Felisquié na sua sétima edição celebra os 80 anos de nascimento do poeta, compositor, ator, produtor e  agitador cultural jequieense  Waly Salomão e será realizada  no período de 1 a 3 de setembro em espaços culturais da cidade como   Centro de Cultura ACM, o Auditório Waly Salomão da UESB – Campus de Jequié,  o Museu Histórico João Carlos Borges  e em ruas  onde o Waly nasceu e percorreu durante sua vida.

A Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié – Felisquié na sua sétima edição celebra os 80 anos de nascimento do poeta, compositor, ator, produtor e  agitador cultural jequieense  Waly Salomão e será realizada  no período de 1 a 3 de setembro em espaços culturais da cidade como   Centro de Cultura ACM, o Auditório Waly Salomão da UESB – Campus de Jequié,  o Museu Histórico João Carlos Borges  e em ruas  onde o Waly nasceu e percorreu durante sua vida.

Segundo o curador da Felisquié e secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Jequié, Domingos Ailton, para incentivar os estudantes a conhecerem a vida e a obra do autor de “Me segura que vou dar um troço”, estão sendo realizadas nas escolas a Felisquié Itinerante. Nesta terça, 1 de agosto,  o encontro foi no Colégio Modelo Paulo Freire. Além de ouvir informações sobre  a trajetória do Waly Salomão, os alunos tiveram oportunidade de realizar apresentações artísticas sobre a diversidade cultural do poeta jequieense. Trabalhos acadêmicos e artísticos  dos alunos do ensino fundamental, médio e superior  terão espaço de exposição na  Felisquié oficial e Felisquiezinha (versão da festa literária dedicada às crianças).

Já estão confirmadas as presenças do poeta, designer e cenógrafo Omar Salomão, filho do homenageado e da   gaúcha Manoela Sawitzki,   doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (PUC-Rio), escritora, roteirista e jornalista, do escritor   Roberto Martins e da cantora Adriana Calcanhotto, que acompanhado do músico Pedro Sá e  com mediação de Omar Salomão fará um papo musical com canções, poesia e conversa sobre a vivência com Waly Salomão.

Um cortejo literário iniciará na tarde do primeiro da Felisquié pela Avenida Alves, centro da cidade  de Jequié, onde Waly Salomão nasceu  pelas mãos da parteira Jove. A parteira e  artistas  que conviveram com Waly, a exemplo de Gilberto Gil,  Caetano Veloso, Maria Bethania,  Gal Costa, Jads Macalé entre outros serão interpretados pelos alunos do ensino médio. O cortejo será puxado pelo minitrio Tuk Tuk sonoro com a cantora Sylvia Patrícia entoando canções cujas letras são de autoria do Way Salomão.  A caminhada será encerrada na área externa do Palácio das Artes Leonídas Spinola com um sarau e uma roda de conversa  no “Boteco Waly Salomão” com a participação da professora Cláudia Salomão (sobrinha do artista celebrado) e da amiga e cantora Sylvia Patrícia.

Outro artista jequieense que será homenageado na VII edição da Felisquié é Edenízio Ribeiro, autor da emblemática capa do disco 2222, de Gilberto Gil. O poeta e compositor Fernando de Oliveira falará da dimensão da obra de Edenizio para a cultura brasileira.

A VII Edição da Felisquié é uma realização da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Jequié e do Comitê de Organização da Felisquié em parceria com a UESB, O SESC e o IFBA – Campus de Jequié entre outras instituições e patrocínio financeiro governo federal.

Felisquiezinha 2022🌻

A Felisquiezinha é um ambiente que pertence à Feira Literária Internacional do Sertão de Jequié. Nesse espaço, crianças e adolescentes são acolhidos e, através de atividades que envolvem o mundo da leitura e da imaginação, a equipe proporciona momentos de descontração, ludicidade e enriquecimento histórico-cultural. A programação para o ano de 2022 acontecerá nos espaços da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, nos dias 01 e 02 de dezembro, com estudantes de escolas públicas, das séries iniciais, e toda comunidade que tenha interesse em participar dessa celebração literária.

Comissão organizadora da Felisquiezinha: Fabiana Moura, Ícaro Pettro e Rafaella Câncio

Programação:

 

🌼Quinta-feira, 01/12🌼

🌻🌻 MATUTINO 🌻🌻

🌻Oficina: Extra, extra: escrita criativa em ação!
Oficineiro: Roger Ferreira
Horário: 8h30

🌻 Oficina: Luz, papel e ação! (Re)criando história em quadrinhos, usando a imaginação.
Oficineira: Jessika de Oliveira
Horário: 9h30

🌻 Oficina: Canta e encanta: na roda a gente vive e dança! (Cantigas de roda, regaste às músicas antigas)
Oficineira: Marize
Horário: 10h30

 

🌻🌻 VESPERTINO 🌻🌻

🌻 Oficina: Parada poética: escritas que tocam o coração.
Oficineira: Jessika de Oliveira
Horário: 14h

🌻 Cine SESC
Horário: 15h
Local: Auditório do pavilhão José Sarmento.

🌼 Sexta-feira, 02/12🌼

🌻 Oficina: Lápis na mão, desenho e imaginação! (Oficina de desenho)
Oficineiro: Luis Henrique
Horário: 8h

🌻 Oficina: Jogos e brincadeiras Griô – BrincAFRO
Oficineiro: Luz Marques
Horário: 9h

🌻Cine SESC
Horário: 10h
Local: Auditório do pavilhão José Sarmento.

🌻 Oficina: Teatro Griot Ayá
Oficineiro: Luz Marques
Horário: 10h40

🌻🌻 VESPERTINO 🌻🌻

🌻 Bate-papo: Contos que trazem histórias ancestrais.
Autora: Ivanildes Moura
Horário: 14h

VI edição da Felisquié celebrará o tema “Jequié, município literário” e reunirá nomes representativos da cultura brasileira

No período de 1 a 3 de dezembro, o município de Jequié será palco de um dos mais importantes eventos literários da Bahia: A VI edição da Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié, a Felisquié. Realizada pela Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Cultura e Turismo, em parceria com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e Serviço Social do Comércio (SESC), o evento conta com apoio financeiro do Ministério da Economia, Governo Federal, através de emenda parlamentar do deputado Waldenor Pereira Filho.

Esta edição acontecerá em dois espaços públicos: No auditório Waly Salomão, na UESB, e na Praça Rui Barbosa, Centro. Apresentando diversos nomes representativos da cultura brasileira, como o poeta, cantor e compositor, Arnaldo Antunes; o cantor Danilo Caymmi; a atriz Ana Cecília Costa; a jornalista e escritora Cristina Serra; a poeta e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lívia Natália; da embaixadora Maribel Barreto; a jornalista Kátia Borges, entre outros.

Para a conferência de abertura foi convidado o poeta, ensaísta e crítico literário brasileiro, Antonio Carlos Secchin, membro da Academia Brasileira de Letras, que abordará sobre a Semana de Arte Moderna, que completou 100 anos neste ano. O primeiro dia Felisquié será dedicado a homenagear os 25 anos da Academia de Letras de Jequié, com as participações da professora Maribel Barreto, que discutirá o tema “Meditação e Autoconhecimento como recursos de prioridade máxima na educação” e da poeta Lívia Natália, que buscará responder a indagação “Em face dos últimos acontecimentos: o que pode a poesia?”. O poeta, compositor e cantor Arnaldo Antunes fará um bate papo musical na Praça Rui Barbosa, encerrando a primeira noite do evento.

Para celebrar os 110 anos de nascimento de Jorge Amado, a Felisquié contará, no seu segundo dia, com dois estudiosos da obra amadiana, Gildeci Leite e Pawlo Cidade, que falarão sobre “ As baianidades na Literatura de Jorge Amado”; uma conversa com escritoras sobre a escrita feminina e feminista, contando com a participação das professoras Elane Nardotto, Fabiana Moura e Giseli Novais; a escritora indígena, atriz e professora, Gleice Ferreira, que nasceu em Jequié, abordará a temática “Retomada identitária e o indígena vivendo em contexto urbano”; “Perspectivas para área ambiental no Brasil” é o assunto que a jornalista, escritora e ex-correspondente da TV Globo em Nova York, Cristina Serra discutirá no evento; Já o cordelista Zé Walter Pires, falará sobre a “Produção de Literatura de Cordel de Moraes Moreira”; e em seguida, o show denominado “Viva Caymmi”, do cantor Danilo Caymmi, que homenageará seu pai, com canções marcantes e emblemáticas, na Praça Rui Barbosa.

No terceiro dia será debatido o tema central da VI Felisquié, “Jequié, município literário”, que contará com participação do escritor, professor e pesquisador, Domingos Ailton, secretário de Cultura e Turismo de Jequié, e da professora e pesquisadora, Solange Silva; A consagrada atriz jequieense, Ana Cecília Costa, conversará sobre o processo de atuação em teatro, televisão e cinema; A mãe de Ana Cecília, Marlene Costa Santos, também vai conversar com o público sobre a descoberta da literatura na terceira idade e lançará os livros de memória “Relato de Amor” e “Celebrando a vida”, que trazem muitas curiosidades sobre o passado de Jequié; “Crônicas dos dias atuais” é o tema da palestra da jornalista e cronista Kátia Borges, que encerrará as atividades acadêmicas da Felisquié.

Durante todos os três dias, a Felisquié abrirá na sua programação acadêmica e na Feira do Livro, espaço para rodas de conversa com escritores de Jequié e de outras regiões da Bahia, tratando sobre suas produções literárias.

“Jequié tem uma representativa história literária ao longo dos 125 anos de emancipação política. O líder do movimento emancipatório foi o escritor Lindolfo Rocha, que ao lado de outros intelectuais criou na segunda metade do século XIX uma sociedade literária e o primeiro jornal de Jequié, O Literato. Ao longo do século XX intelectuais desenvolveram importantes ações culturais através da Associação Jequieense de Imprensa e no final do século, escritores e outros nomes importantes das artes na Bahia e no Brasil criaram a Academia de Letras de Jequié”, ressalta, o escritor e secretário de Cultura e Turismo, Domingos Ailton.

Uma diversificada programação cultural, com artistas de Jequié, comporá a agenda de atividades da Feira do Livro e da Felisquiezinha na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Na tarde de sábado dia 3, na Praça Rui Barbosa, um tributo à cantora Gal Costa contará com participação das cantoras Tânia Valverde e Suely Morbeck; o “Sarau Pôr do Sol” celebrará o Dia Municipal da Cultura e reunirá o cantor Lincoln e o Sarau da Lenda; o show “Viva a Felisquié”, com o cantor jequieense Marcos Vilane, que tem projeção nacional na sua carreira artística, comemorará 10 anos de criação da Felisquié.

Para se inscrever como ouvinte na programação acadêmica e obter maiores detalhes da VI Felisquié, acesse AQUI